Nunca digo que não à Bisse du Ro
Sempre que planeio uma nova aventura, sinto-me como escreveu Miguel Torga “Eu gosto da paisagem. Mas amo-a duma maneira casta, comovida, sem poder macular a sua intimidade em descrições a vintém por palavra. Chego a uma terra e não resisto: tenho de me meter pelos campos fora, pelas serras, pelos montes, saber das culturas, beber o vinho e provar o pão. E quando anoitece volto, como agora, cheio do enigma que fez cada região do seu feitio, tal e qual como pôs nas costas do dromedário aquela incrível marreca, e no pescoço do leão aquela fantástica juba.”
Desta vez e porque há mais de 2 anos não punha lá os pés, resolvi presentear o meu companheiro Luís com uma ida à “Bisse du Ro”.
Tal como no BTT, sempre que repetimos uma volta, acabamos por descobrir e sentir coisas novas.
Embora a meteorologia no início não ajudasse, acabou com o passar do tempo por melhorar. O Luís agradeceu, já que esqueceu uma máxima fundamental em alta montanha “expect the unexpected” e mesmo tendo a volta sido realizada no final de agosto, devemos sempre vir munidos de mudas de roupa ou agasalhos. É sempre preferível termos de retirar roupa do que ter falta dela.
Mesmo estando esta volta perfeitamente catalogada, não resisti ao apelo da minha “máquina chapeira”, pois esta encontrava-se sob o efeito hipnótico da “Bisse” 😊.
Uma vez que efetuamos algumas experiências, malsucedidas, diga-se de passagem, acabamos por nos aproximar dos quase 20 kms. Mas o sal da vida é isso mesmo, quem não arrisca, não petisca e assim o meu companheiro já ficou com mais uma história para contar aos filhos e netos vindouros 😊.
Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…
Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
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