A última do ano é sempre a melhor

Não sei o que estavam à espera ao lerem este título, mas limpem a “bossa” mente seus depravados 😊.

Como diz o povo, “tantas vezes o cântaro vai à fonte que algum dia lá deixa a asa”, isto é tantas vezes enderecei convites para uma visita que o meu grande, mas mesmo grande amigo Pereira resolveu responder ao meu apelo.

Inicialmente pensei fazer algo de grandioso, escrever algo que dignificasse a sua presença, mas a ideia foi-se esvanecendo à medida que tentava alinhavar as ideias.

Os ingleses possuem uma expressão que diz o seguinte “Less is more” e realmente é assim que me sinto ao tentar escrever algo sobre o Pereira, para além de que é um dos poucos homens “puros” que conheço e que ao longo destes anos que levamos juntos me tem inspirado. Obrigado amigo “from the bottom of my heart”.

Uma vez que nada tenho a acrescentar, passo, pois, a palavra ao meu querido amigo.

Pereira:

“Ao longo dos anos que levo da prática de btt pedalei em vários lugares em Portugal e participei em inúmeros passeios e maratonas. Sempre vivi e vivo este desporto na vertente lúdica, ou seja, como o prazer que sinto ao percorrer cada quilómetro, conhecer novas terras, contactar com a natureza (seja com chuva, sol, etc…), atingir o alto dos montes e sofrer em cima de uma bicicleta. Gosto do btt puro, com dureza à mistura e sobretudo partir sem hora de chegada! É nisto tudo que reside, para mim, o prazer que é pedalar!

Fora do nosso Portugal, nunca pedalei!? Mentiria se dissesse que nunca fiz incursões em Espanha, nomeadamente “Os caminhos de Santiago de Compostela” e outros trajetos perto do Gerês. Estava, no entanto, com alguma curiosidade em verificar “in loco” o que seria pedalar acima dos 2’000 m de altitude.

O convite já tinha sido feito há muito tempo, no entanto, fui protelando a sua anuência para a melhor altura. Chegou então o momento, na medida em que disponibilidade de tempo é algo que abunda. Sou um seguidor destas crónicas e darei desta vez para além do meu contributo presencial (já dado nas do fórum, referente às crónicas 32, 33, 43 e 50 dos Bravos do Pelotão) a minha contribuição escrita. Vamos lá então pedalar na Suíça!...”

Pereira:

“Tinha planeado efetuar duas voltas na Suíça, no entanto, nem sempre se consegue executar o que se planeia. Neste caso as condições meteorológicas não o permitiram. A experiência foi ótima, teve dois pequenos “senão”. Como amante da modalidade que sou, levei de Portugal todo o equipamento necessário, para não haver surpresas! Para além da roupa, luvas, calçado e capacete, levei também os meus pedais de encaixe. Cometi um único erro! Verifiquei mais tarde, que deveria ter levado o meu selim. O que estava montado na bicicleta, ao qual não prestei atenção quando efetuei o aluguer, revelou-se muito duro. Escusado será dizer que me ressenti a partir de certa altura do percurso, e isto tudo apesar de ter alguns milhares de quilómetros nas pernas! Por outro lado, ainda não foi desta vez que rolei acima dos 2000 m de altitude. No que diz respeito à bicicleta, esta revelou-se uma excelente máquina, estava muito bem afinada e em ótimo estado de conservação.

Com este comentário, encerro o meu contributo para esta crónica.

Saudações a todos os utilizadores do fórum.”

Amigo, obrigado pela visita, pelo tempo despendido. As fotos falam por si, são como se diz a prova provada da tua passagem pelas Terras Helvéticas. Acredito que nos voltaremos a ver por cá uma vez que terei todo o prazer do mundo em te conduzir por trilhos acima dos 2’000 mts.

Prometi-te “Verbier”, dar-te ei “Verbier” em anos vindouros, assim o desejes e disponibilidade tenhas…

É meu desejo que esta tua visita tenha aberto a caixa de pandora e que mais companheiros (as) possam eventualmente seguir o teu exemplo no próximo ano, pois estarei por cá para os acompanhar, isto se assim o desejarem.


Cumprimentos betetistas e até um destes dias…

Alexandre Pereira

Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…

Podem visualizar esta crónica com os respetivos comentários às fotos no FORUM BTT. Ler o post (resposta) #442.