Se for à Nossa Senhora da Abadia, não deixe de passar em Ventuzelo

Quem segue o grupo Bravos do Pelotão sabe que as nossas zonas de excelência são o Gerês, Vieira do Minho, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Amares; assim sendo resolvi aproveitar a minha estadia em Portugal para realizar mais uma aventura.

Há já bastante tempo (desde que me encontro deslocalizado) que não visitava o santuário de Nossa Senhora da Abadia e a aldeia de Ventuzelo.

Tal qual um peregrino ansioso por pagar uma promessa em falta, resolvi contactar os membros fundadores deste grupo no sentido de lhes propor uma ida para essas bandas.

Para reunir a “quadrindade” tinha de realizar três chamadas. O primeiro a dar o seu aval foi o amigo Pereira (sempre disponível às minhas solicitações, pudera é tão ou mais viciado que eu nestas aventuras) e prontificou-se de imediato em idealizar um track à altura. O segundo a quem liguei foi ao amigo Viegas (homem que devido a questões de paternidade e outras cousas mais “se perdeu” e segundo fontes próximas sabia que nos últimos dois anos rolou esporadicamente). Como já era de esperar e sendo um “Bravo” dos sete costados (antes partir do que dobrar) respondeu positivamente à chamada. Bem, a terceira chamada e contra a minha natureza, não a cheguei a realizar, isto porque esse amigo simplesmente anda desaparecido em combate vai para mais de três anos, desconhecendo neste momento se o mesmo ainda é deste mundo. Em relação a este último “Bravo fundador” apenas desejo que o mesmo ao ler esta crónica sinta um pouco d’aquilo que tem perdido, pois a vida (na minha singela opinião) passa pela relação que mantemos com o BTT e o resto ou se preferirem em inglês macarrónico (first comes MTB and after the rest) 😊.

A volta iniciou em Amares e daí passamos por São Pedro de Fins, parque de merendas de Possoiro, santuário de Nossa Senhora da Abadia, finalizando na aldeia de Ventuzelo. Como sabem idealizamos sempre voltas circulares (percurso com início e fim no mesmo local mas utilizando caminhos diferenciados), pelo que o Pereira criou um track com cerca de 46,5 kms.

Na prática acabamos por realizar cerca de 52 kms e +/- 1’900 mts de acumulado de subida.

A realização desta volta permitiu-me reatar laços com o meu passado pois em pequeno por diversas vezes vim à Abadia com a minha avó e família. Recordei bons momentos, parece que ainda foi ontem.

Para além disso pude constatar que o companheiro Viegas embora afastado destas andanças está em plena forma (aguentou sem se queixar uma única vez), o que mostra que os treinos do passado à BDP lhe conferiram uma resistência “à toute épreuve”. Oxalá tenhas passado isso geneticamente à descendência 😊.

Considero-me um homem paciente ou pelo menos que sabe esperar (há uma certa diferença), pelo que faço votos que o companheiro “missing in action” ao ler esta crónica, desperte da letargia em que se encontra ver mesmo estado catatónico (para sermos mauzinhos a brincar), isto porque enquanto “Bravos” não nos esquecemos dele (we miss you).

Acima de tudo foi um bom dia de BTT, São Pedro ajudou e ficou demonstrado que apesar da distância que nos separa, continuamos a manter uma saudável amizade em torno de um desporto que nos une. Obrigado amigos Pereira e Viegas.


Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira

Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…

Podem visualizar esta crónica com os respetivos comentários às fotos no FORUM BTT. Ler o post (resposta) #252.