No Gerês sentimo-nos apegados a esta terra que chamamos de Pátria

Mais uma ida a Portugal e mais uma volta organizada pelo amigo Pereira.

Passaram oito anos desde a última vez em que fizemos esta volta. Na altura eramos bastantes, hoje o grupo “Bravos do Pelotão” ficou reduzido a apenas dois elementos que ainda teimam em fazer perdurar a tradição, os outros, bem, vão acompanhado via os “réseaux sociaux” 😊.

O Pereira na sua incansável vontade de juntar tropas para uma boa volta seguida de um bom repasto, lá conseguiu convencer o Nicolau, o Barros, o Pedro, o Fernando e o Marcelo a participarem. Outros houve ainda que não tendo podido participar vão roer-se de “inbeja” quando virem as fotos 😊.

Do meu lado e porque por diversas vezes tentamos agendar uma saída sem êxito, desta vez sempre consegui cruzar agendas e juntar ao grupo o David (mais conhecido aqui no FBTT por davidream) que por seu lado trouxe um grande seu amigo, o Zé.

Dados da volta:

- Total kms: 33,5 kms

- Altit. Mínima: 146 mts

- Altit. Máxima: 826 mts

- Acumulado de subida: 1’350 mts

- Temperatura: entre os 30° e 35°C

A alvorada para mim deu-se pelas 05h45, uma vez que pelas 06h30 tinha o “capitão Pereira” a vir recolher-me no local onde me encontrava a passar uma semanita de férias. Daí toca a rolar até Braga onde as restantes tropas se juntariam para partirmos de seguida para as Pontes do Rio Caldo no Gerês onde a volta arrancaria pelas 08h30.

À hora marcada arrancamos a volta, esta malta não brinca em serviço, mesmo os dois amigos (David e Zé) que se deslocaram desde Amarante 😊.

O dia prometia temperaturas bem acima dos 30°C, as fotos falarão por si.

Muito haveria para contar acerca das emoções que perpassaram pela minha mente ao longo de toda a volta mas para não vos maçar (sei que literariamente posso ser por vezes bastante maçador 😊), preferi brindar-vos com este pequeno texto do Miguel Esteves Cardoso, que resume um pouco aquilo que sinto acerca da amizade e destes meus amigos do BTT.

“Amigos para Sempre

Os amigos cada vez mais se vêem menos. Parece que era só quando éramos novos, trabalhávamos e bebíamos juntos que nos víamos as vezes que queríamos, sempre diariamente. E, no maior luxo de todos, há muito perdido: porque não tínhamos mais nada para fazer.

Nesta semana, tenho almoçado com amigos meus grandes, que, pela primeira vez nas nossas vidas, não vejo há muitos anos. Cada um começa a falar comigo como se não tivéssemos passado um único dia sem nos vermos.

Nada falha. Tudo dispara como se nos estivera – e está – na massa do sangue: a excitação de contar coisas e partilhar ninharias; as risotas por piadas de há muito repetidas; as promessas de esperanças que estão há que décadas por realizar.

Há grandes amigos que tenho a sorte de ter que insistem na importância da Presença com letra grande. Até agora nunca concordei, achando que a saudade faz pouco do tempo e que o coração é mais sensível à lembrança do que à repetição. Enganei-me. O melhor que os amigos e as amigas têm a fazer é verem-se cada vez que podem.

É verdade que, mesmo tendo passado dez anos, sente-se o prazer inencontrável de reencontrar quem se pensava nunca mais encontrar. O tempo não passa pela amizade. Mas a amizade passa pelo tempo. É preciso segurá-la enquanto ela há.

Somos amigos para sempre, mas entre o dia de ficarmos amigos e o dia de morrermos vai uma distância tão grande como a vida.”

Não poderia acabar este relato sem publicamente agradecer aos meus companheiros o facto de terem esbrizado um pouco do seu tempo, mas amigos a vida é assim mesmo e por norma esta paga-nos sempre a dobrar 😊.

“Nicolau, continua assim, a mostrar-nos como se faz e qual o caminho a seguir!

Barros, não mudaste, sempre o mesmo com essa simplicidade que te conhecemos!

Pedro, não és dos mais novos, mas tens a maturidade desta malta!

Fernando, homem de poucas palavras e que calado diz quase tudo!

Marcelo, Gerês sob pr’a caral.., espero que tenhas adorado e que esta seja apenas a primeira de muitas!

Zé (de Amarante), não mudes, gostei muito das nossas trocas vivenciais!

David, que nunca te faltem as “Duracell” e a vontade!

Pereira, obrigado pela organização, dedicação, sem ti, não teria tido o mesmo sabor!”

“En guise de conclusion”, deixo-vos o link para o pequeno filme que o David teve a gentileza de fazer e partilhar https://youtu.be/MlOuYBbqWpY


Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira

Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…

Podem visualizar esta crónica com os respetivos comentários às fotos no FORUM BTT. Ler o post (resposta) #822 e 823.