Coloquei um pé em Itália via o Grand Col Ferret

Esta volta estava agendada para ser efetuada no último domingo de setembro, isto porque era o último fim de semana em que havia autocarro até ao local de partida.

Ora acontece que na véspera já tinha um jantar agendado há algumas semanas com os suspeitos do costume (Luís, Angel, Natércio).

Como era de calcular quando a malta não se vê amiúde aproveita para “encharcar” mais do que o habitual e neste caso o saldo ficou-se em cerca de 2 Lts de “Néctar dos Deuses”.

No dia seguinte se bem que o artista se tenha levantado às 06h00 da manhã e o dia prometesse, acontece que o corpo não reagia por mais que a mente o chateasse 😊.

Não sei o que se passou nessa noite, sei apenas que fomos a uma “brasserie” e experimentamos 3 ou 4 tipos de cervejas enquanto jantávamos. O certo é que no dia seguinte ressaquei como já há muito. Devo estar a ficar velho e não quero admitir 😊 ou então são estas novas cervejas com teores de álcool equivalentes ou superiores ao vinho maduro 😊 (desculpas de mau pagador, como dirão alguns).

Tinha de arranjar maneira d’efetuar essa volta ainda antes do final do ano e das primeiras quedas de neve. Vai daí, toca a fazer novas pesquisas e descobri que afinal ainda havia autocarros para a zona, mas que nos deixavam em “La Fouly” a cerca de 3 kms do local de partida da volta.

Quando soube disso, consultei a meteorologia e verifiquei que na 5ª feira seguinte iria estar um belíssimo dia de sol com temperaturas de 2 a 5°C.

O objetivo da volta era atingir os 2’706 mts, arrancando da aldeia de “Ferret” a 1’714 mts. Acabei por arrancar de “La Fouly” a 1’605 mts e fiquei-me pelos 2’609 mts por causa do vento que soprava no “Grand Col Ferret” e que levava tudo na sua passagem.

Dados da volta

- Altitude máxima – 2’609 mts

- Altitude mínima – 904 mts

- Total de kms – 34,50 kms

- Acumulado de descida – 1’725 mts (quase 24 kms a descer 😊)

- Acumulado de subida – 1’030 mts (em 6,5 kms acumulei 764 mts 😊)

Esta volta é fantástica pelas paisagens e será a repetir para o ano na companhia dos camaradas ausentes isto porque não a consegui completar como previsto (vento não deixou).

Já rolei por muitos lugares aqui nas Terras Helvéticas, mas nunca tinha andado de BTT tão perto de glaciares e montanhas acima dos 4’000 mts. Lamento, mas não consigo colocar palavras que transmitam corretamente o que senti ao longo de toda a volta.

Foi a primeira vez que atravessei uma fronteira em alta montanha, sim, na verdade o “Grand Col Ferret” separa a Suiça da Itália.

Esta foi com certeza a minha última incursão em alta montanha, agora vou tratar de mandar fazer uma revisão geral à minha fiel amiga e preparar o próximo ano.

Que fique claro, vou continuar a rolar, mas a altitudes menores até que a neve mesmo aí coloque um travão 😊…


Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira

Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…

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