Rota das laranjas 2008, reloaded
Acabei de regressar de duas semanas passadas nas Terras Lusas, pelo que no último sábado efetuei com mais nove companheiros a famosa “Rota das Laranjas 2008, versão reloaded”.
O track foi proposto, como não podia deixar de ser, pelo amigo Pereira e acompanharam-me nesta volta os seguintes companheiros, Barros, Pedro, Filipe, Adilson, Alessandro, Eduardo, Bruno e Ettore.
O companheiro Pedro encarregou-se da parte mais importante da volta, isto é, a que toca à reposição dos sais minerais e não só, no final da volta 😊.
Uma vez que por norma nas Terras Helvéticas, rolo em solitário, constatei que as e-bikes estão a ganhar cada vez mais adeptos, isto porque nesta volta éramos 10 “riders” e 50% rolou em bike elétrica 😊.
Pessoalmente acho que as e-bikes (electric bikes) estão para as l-bikes (leg bikes) como o cigarro está para o charuto, embora ambos façam fumo, são prazeres totalmente diferentes. Corrijam-me se estiver errado, mas penso que 38 kms “cheira a pouco” para um detentor de elétrica 😊.
Neste momento e sem entrar em detalhes, prefiro fugir das e-bikes, tal como o diabo foge da água benta, isto porque a “minha e-bike” ainda não foi desenhada, mas tenho fé e paciência que o mercado acabará por evoluir no sentido do meu desejo 😊.
A volta arrancou em Amares a 99 mts e o objetivo principal do dia era atingir a Capela de São Pedro de Fins a 561 mts. Esteve calor, aliás, este foi uma constante, com temperaturas a meio da manhã superiores a 35°C.
Se a minha memória não me trai, a última vez que realizei esta volta foi há oito anos e “in situ”, em pelo menos duas zonas (ver fotos) a vegetação tomou conta dos trilhos e tivemos bastante dificuldade em progredir; mas como dizia alguém, uma boa volta no Norte, tem de deixar cicatrizes “silvares e matosas” 😊.
Dados da volta
- Altitude máxima – 561 mts
- Altitude mínima – 99 mts
- Acumulado de subida – 1’015 mts
- N° total de Kms – 38 kms
Antes de terminar esta crónica, quero aqui deixar publicamente registado o meu pedido de desculpas ao user davidream, pois não “tugi nem mugi” em relação a uma eventual saída em grupo aquando da minha estadia. Desculpa amigo, mas desta vez, o tempo foi mesmo curto, mas acredita, passei as melhores férias Lusas dos últimos anos!
Quero também aqui deixar por escrito o meu sincero agradecimento a todos os companheiros que comigo rolaram e partilharam um pouco do seu tempo. Continuem assim, unidos, pois o caminho faz-se caminhando!
Nestes tempos conturbados em que vivemos, penso que este grupo ainda tem margem de manobra para crescer até aos 20 elementos 😊, já que a Resolução do Conselho de Ministros n.º 40-A/2020, Artigo 12.º, menciona o seguinte “Limitação ou condicionamento de acesso, circulação ou permanência de pessoas em espaços frequentados pelo público, bem como dispersão das concentrações superiores a 20 pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar, sem prejuízo das limitações especiais aplicáveis à Área Metropolitana de Lisboa”.
Termino esta crónica com uma bela tirada do Mia Couto que resume um pouco o estado de espírito dos que como eu, optaram pela deslocalização “Quem parte treme, quem regressa teme. Tem-se medo de se ter sido vencido pelo Tempo, medo de que a ausência tenha devorado as lembranças. A saudade é um morcego cego que falhou fruto e mordeu a noite”.
Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…
Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
Podem visualizar esta crónica com os respetivos comentários às fotos no FORUM BTT . Ler o post (resposta) #977 e 978.